E hoje apercebi-me de como não vale a pena discutir qualquer tipo de assunto com uma colega. Apercebi-me hoje do seu mecanismo e da forma como argumenta. Apercebi-me também de como os outros intervenientes não atentam à forma como não responde verdadeiramente às perguntas. Lanço uma questão que engloba um todo, a sociedade, e responde-me sobre si e o seu umbigo.
Pergunto se não concorda que estamos todos viciados nos PCs e responde-me que o PC dela é super importante e insubstituível. Digo-lhe que vivia na mesma sem ele e responde-me que as pessoas é que tem de se controlar. Comento que há pessoas que estão a voltar à idade da pedra e repreende-me por não achar que devamos ser todos obrigados a fazer o mesmo. Mas caramba, eu não disse que éramos todos obrigados a voltar. Disse apenas que algumas pessoas tomaram essa opção. Estou só a querer debater uma decisão de outrem, que tem os seus motivos e, quem sabe, não me dá motivos também a mim. Estou só a dar a conhecer outras formas de ver o mundo e de como nós, aqui na nossa zona de conforto, não estamos a fazer nada por ele. Sim, eu vivia sem computador. Sim, eu vivia sem telemóvel. Considero-o uma prisão? Sim, considero! Mas não afirmo que seja só prejuízo porque tenho bem noção do quanto me facilita a vida. Não estou a pedir que vivas sem telemóvel, computador ou que não comas carne. Estou só a sugerir uma reflexão sobre estes assuntos. Porque nem sempre estamos certos e nem sempre estamos errados. Porque é que, de vez em quando, os outros não podem ter visões de maior alcance do que a nossa? Estou farta de pessoas obtusas, que só vêem o que querem ver. E com isto, não sei se estou farta dos outros ou se estou farta de mim mesma. Espero ter visão suficiente para vir a descobrir.
Experimentem escrever "Ex boyfriend" no youtube ou no google. Sabem o que vão encontrar? Vão encontrar uma panóplia de vídeos e textos de "como fazê-lo sentir a tua falta", "bring him back", "make him notice you again" e mais e mais treta deste género que visa "ajudar" alguém desesperado. Sabem que mais? Estão a faltar textos na direcção oposta. Fiz esta pesquisa só por curiosidade e para confirmar as minhas suspeitas. O que eu precisava mesmo (se fosse daquelas pessoas que recorre à net para saber o que dizer nestas situações) era de textos "Como fazê-lo deixá-la em paz", "Como fazê-lo entender que você só quer distancia", "How to make him understand that you are no crying for him and you never were".
O que aconteceu entre nós já foi há séculos e está tão enterrado, tão profundo na crosta terrestre, que se fosse um fóssil, seria certamente um poio de um T-rex.
Há 15 dias que não escrevo nada no blog. Para que fique aqui registado, foram dos melhores 15 dias que tive este semestre! Foram bons pela intensidade dos momentos que vivi e pelas coisas que, para o bem e para o mal, me parece que estou a descobrir. Que os próximos 15 dias continuem no mesmo registo e que haja inspiração e tempo para vos explicar melhor :)
'Nunca voltes ao lugar Onde já foste feliz Por muito que o coração diga Não faças o que ele diz
Nada do que por lá vires Será como no passado Não queiras reacender Um lume já apagado'
~Rui Veloso
A cada minuto que passa falta menos um minuto para a abertura da Queima das fitas.
Pelas redes sociais já se faz sentir a nostalgia daqueles que, no ano passado, partiram para outra etapa. Nostalgia esta que também se sente por aqueles que se deparam com mais um ano passado e menos um ano possível desta vida. Aqueles que vêem os melhores amigos a acabar os cursos já sentem saudade dos momentos que passaram juntos. Aqueles que são o motivo da existência da Queima mantém-se calados, julgo eu que amedrontados, por estar aí a Última das últimas e por tudo o que ela acarreta.
Este ano sinto algo diferente. Vejo várias pessoas que tomei como exemplo, desde caloira, a dizerem adeus a esta casa. Não sei bem o que sinto, mas que sinto Sinto!
Tive uma aula extra às 8h20 da manhã, à qual compareci a horas, e o professor despachou-nos uns minutos depois das 9. Quando olhei para o relógio apercebi-me de que tinha uns 40min para ir a casa despachar umas coisas e ir para a aula semanal. Depois de me insultar à brava pelo caminho até à faculdade, lá cheguei ao anfiteatro atrasada uns 10 min. Entrei, fiz barulho com a porta, fiz barulho ao sentar-me e pensei "Damn, já não vinha a esta aula à tanto tempo que nem sabia que esta matéria era dada nesta cadeira!".
O powerpoint era de uma cor pouco usual, não via a ligação daquela matéria à anterior e o professor não era o regente. Os colegas que estavam sentados mais a baixo iam olhando para trás (para mim) e foi aí que me apercebi de que não conhecia ninguém. Nenhuma cara naquele anfiteatro era familiar. O professor não era familiar (até ele olhou para mim). A matéria não era familiar... "Fuck, que horas são?" Eram 10h20 e no meu horário (que só nesse momento fiz questão de verificar) a minha aula começava às 11h.
Pus-me a pé e fiz barulho, subi as escadas e fiz barulho, usei a porta e fiz barulho e quando finalmente me vi fora dalí só queria um buraco para me esconder. Não só me enganei na hora, como nem dei pelo erro nos primeiros 10min. É melhor começar a estudar para esta cadeira ou o barulho que se vai ouvir no exame vai ser o meu choro xD