Que este tempo anda esquisito acho que todos já reparamos. Se bem que, "Abril águas mil"!
Hoje vou voltar para a minha terra natal e estou ansiosa por isso. No entanto, esta chuva e este vento não me dão grande motivação. É uma verdadeira prova de malabarismo ter de apanhar autocarros ou comboios quando se quer ir de fim-de-semana e se tem de levar malas, principalmente se estiver a chover.
Na mão direita puxo a mala de duas rodinhas pelas colinas da cidade e na mão esquerda levo o guarda-chuva que insiste em virar ao contrario à mínima brisa. É a malinha a tira colo a fazer peso contralateralmente à mala ou a mochila do computador às costas que nas subidas só me puxa é para baixo. É o casacão para o frio ou o impermeável para a chuva que passados 5 minutos de sair de casa me deixam a nadar em suor (a nadar não, a deslizar xD). São as dores nos braços ou nas costas que obrigam a trocar a posição de todas as malinhas, algumas vezes ao longo do percurso. É chegar à estação e na fila para pagar o bilhete ter várias pessoas a olhar para mim, espantadas com o meu indomável cabelo que fica todo de pé com a mínima humidade. E eu sorrir-lhes, vermelha que nem um tomate.
Já posso contar pelos dedos das mãos os assunto que quero partilhar com vocês desde o início do novo ano. No entanto, nenhum deles merecia ser O primeiro de 2016 e por isso fui adiando.
Eis que hoje surge o assunto perfeito para começar o ano!
Á semelhança do ano passado, este ano vou começar com um post dedicado a uma nova experiência na minha vida. Em 2015 foi o Yoga (que mereceu um destaque pelo Sapo - Obrigada!!!) e em 2016 é a Planta do iogurte!
Há também quem lhe chame de flor do iogurte, gãos de Kefir ou simplesmente kefir. Mas afinal, de que é feita esta planta do iogurte, que mais parece uma couve flor?
‘Kefir grains are combinations of yeasts and bacteria living on a substrate made up of a variety of dairy components.’ fonte: http://www.homemademommy.net/2012/09/why-i-love-kefir-and-what-are-kefir-grains.html
Uma combinação de leveduras e bactérias vivas? Mas isso é comestível?
Na verdade, não se consomem os grãos do kefir mas sim o leite que eles fermentam, ou seja, colocam-se os grãos do kefir num recipiente de vidro ou de plástico e depois enche-se com leite (qualquer tipo de leite dá), guarda-se o recipiente fechado num local escuro e esperamos entre 12h e 24h. Depois de passado todo este tempo, separam-se os grãos do leite fermentado et voilá: o verdadeiro Kefir está pronto a consumir :)
Importa referir que o consumo regular de Kefir tem inumeras vantagens para o nosso organismo, especialmente para o nosso intestino uma vez que a quantidade de próbióticos é bastante elevada.
O mais bonito de isto tudo é que os grãos do kefir não estão à venda. Como o planta do iogurte (como eu gosto de lhe chamar) vai crescendo, podemos partilhar com outras pessoas através de doações e nunca por venda! Assim, o uso e cultivo da planta do iogurte tem por base a partilha com os outros, deram-me os grãos de kefir sem pedir nada em troca e eu assim o farei. Doar uma parte da nossa plantinha é bom para quem a recebe e para a saúde da nossa própria produção!
Posto isto, resta-me apenas dizer que amanhã vou ter de comprar mais um ou dois frasquinhos de vidro e um coador de plástico para puder manusear a minha planta do iogurte sem a magoar :)
Aqui ficam as fotos dos primeiros minutos em casa:
Em 2016 eu vou cultivar Grãos de Kefir. Wish me luck!!
foto - este momento foi registado pouco depois de entrar na sala, enquato alguns dos músicos ainda estavam a afinar os instrumentos e a "aquecer"
No passado dia 30 de Outubro assisti a um concerto da Orquestra Sinfónica do Porto na Casa da Música. Inicialmente, quando comprei o bilhete, a peça principal era um Concerto para Violino com a violinista Leticia Moreno que acabou por não se realizar uma vez que esta cancelou a sua presença por motivo de doença, segundo o site. Fiquei um pouco triste mas não foi motivo para desistir, tinha a segunda peça para desfrutar.
Estava a precisar de sair de casa, fazer um pausa no estudo, fazer algo que não faça todos os dias e que simultaneamente seja do meu agrado. Não conhecia a Sinfonia no. 1 de Mahler de cor e salteado porque só a tinha ouvido umas três ou quatro vezes (com muito pouca atenção, confesso) e por isso alguma da minha interpretação da obra foi feita no momento, ao vivo.
Simplesmente adorei! Não estava à espera de gostar tanto. Para além de a sala Suggia ser fantástica, de a orquestra ser muito boa e de a obra ser muito bonita, a relevância que Mahler deu às Trompas fez-me vibrar imenso. Sempre potentissimas, masgestosas e interventivas as Trompas que no final, ao porem-se de pé e tocarem ainda mais alto me fizeram extremecer, entrar em extase!
Se tiverem oportunidade, não fiquem em casa a tornar mais uma sexta-feira banal, descolem o rabiosque do sofá e ponham-se à prova. Para ir a um concerto na casa da música (ou noutro sítio qualquer) não é necessário muito conhecimento musical nem uma roupa chiquérrima. (Eu fui arranjada o suficiente - porque fizeram pressão para que assim fosse - para quase ter sido assaltada numa das saídas da rotunda da boavista.)
A única crítica que posso tecer ao evento foi a inexistencia de uma peça S.O.S. para colmatar eventuais contratempos. A solista não pode comparecer e se houvesse uma peça (por mais simples e conhecida que fosse) na ponta dos dedos, o público teriam ficado mais confortado e menos sentido. Para além do site, não vi em mais lado algum um pedido de desculpas.
Deixo-vos com a Sinfonia no.1 de Mahler. Ao vivo é muito melhor ;)
Tenho andado com ideias de me candidatar a programas de voluntariado internacional.
Há uns meses andei a pesquisar sobre o assunto e havia um na Holanda que me agradava. Com medo da carta de motivação deixei o assunto arrastar-se e apercebi-me agora que os prazos para as candidaturas foram por água abaixo.
Queria ficar pela Europa e tenho me vindo a aperceber de que a maioria dos programas são na África do Sul, Equador, Índia, China o que não ajuda nada. É claro que isto não devia ser impeditivo mas eu sou novata nisto e ficar em Espanha não é a mesma coisa do que ir parar à China.
Também devo dizer que havia um programa de conservação marinha que me despertou o interesse e depois quando cheguei aos requisitos era só até ao 18 anos. Damn! Estou a ficar velha!
Agora descobri outro em que a acomodação é em tendas partilhadas e tenho de me levantar de madrugada para caminhadas de 5km non-stop e fazer local awareness e oh my god, é tão perfeito! Eu querooooo!!!
Mas há um problema: dinheiro! Parece que é o mal de muita gente, não é verdade? Como é que eu vou arranjar dinheiro para pagar 2 viagens de avião e tudo o que me apetecer ou tiver de comprar antes, durante ou após a minha bela estadia por lá... Acabei de enviar um email aos meus pais com o link do projecto mas nem me lembrei do dinheiro... Vão pensar que lhes estou a pedir financiamento. Acho que me vão mandar às favas!